segunda-feira, 1 de junho de 2009

Noite explosiva na final do UMplugged


Na noite quente do dia 28 de Abril, várias eram as pessoas que se concentravam à porta do Bar Académico (BA), de Guimarães. O motivo: a final do concurso de bandas de garagem organizado pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), o UMplugged. O concurso, que já vai na sua sétima edição, tem sido alvo de várias críticas por parte de blogues de análise musical, e na sua maioria os comentários têm sido positivos.

Marcado para as 22:00, o certame começou com meia hora de atraso, o que já vem sendo hábito em todos os concursos de bandas de garagem do país. O ambiente, aquando da montagem dos instrumentos, era de grande animação, com os membros das bandas a apoiarem-se uns aos outros, demonstrando respeito e cooperação para com o “adversário”. Embora habitualmente o bar esteja aberto às 22:00, naquele dia estava fechado, deixando ainda com mais ânsia os espectadores. Após a abertura de portas, a casa encheu com cerca de 400 espectadores que puderam ver a actuação da banda convidada, os conhecidos “Peixe: Avião”.

Com uma actuação recheada de humor, característica do grupo, os “Peixe: Avião” abriram da melhor forma aquela noite de concertos. Entrou, entretanto, em palco, a primeira banda a concurso, os "City Spark". Esta banda, vencedora da primeira eliminatória, foi das três a mais “pop”, deixando ao rubro o público que não a conhecia e que não fazia parte de nenhuma banda. De facto, quem olhasse com pormenor para o público presente, via que as bandas de rock alternativo eram as favoritas da assistência. T-Shirts com fotografias dos “Oasis”, “Placebo”, “Nirvana” ou outras, eram maioritárias no BA.

Subiram ao palco os "Wokini", e a ovação foi muito grande. Todos estavam perante a primeira banda de Guimarães a actuar. Com um som tribal (o nome "Wokini" advém da tribo Lakota), os músicos entregaram uma grande energia ao seu concerto. Como afirma a vocalista, Patrícia, os "Wokini" gostam de ser, cada um, “um elemento da natureza – terra, ar, fogo e água”.

Pelo meio de cervejas, a bebida mais pedida daquela noite, o público ficava cada vez mais descontraído e apto para apreciar da melhor forma o som emanado pelas bandas. A última banda chegaria, os "Dynamite Trust". A banda que viria a vencer o festival não começou com um som muito apelativo. Apesar disso, a qualidade começou a aumentar e o som a progredir, intensificando-se e fixando-se num rock alternativo com algumas distorções, que levaram o público ao rubro. De facto, foi com "Dynamite Trust" que o público “explodiu”, e no final a grande ovação que os também vimaranenses receberam foi a prova de que o prémio foi bem entregue.

Após a entrega dos prémios e as menções honrosas ao melhor baixista, baterista, vocalista e guitarrista, o público manteve-se no Bar em convívio com os músicos. Pedro Moreira, de Engenharia Civil, era uma das muitas pessoas que conversava com um dos membros de "Dynamite Trust", sem os conhecer. O estudante afirmou que “esta é uma oportunidade única, ver uma banda que eu gosto e ainda poder falar com eles o tempo que eu quiser”.

A direcção da AAUM também esteve presente. Natalino Gomes, vice-presidente do Departamento Cultural da AAUM (organizador do evento), estava “feliz por o público e as bandas terem aderido à iniciativa.” “As bandas aderiram pois este ano batemos o record de maquetes recebidas, 16, e o público porque encheu este espaço que não é pequeno”, referiu ainda o responsável pelo evento. Aos poucos, as bandas saíram do BA, e a noite continuou para o público, como se de uma noite normal se tratasse.






domingo, 31 de maio de 2009

Entrevista conjunta às bandas do distrito de Braga


As bandas de garagem têm opiniões diferentes acerca dos vários assuntos relacionados com música. Numa entrevista conjunta com Smix Smox Smux, Monstro Mau, Mundo Cão, Mão Morta, Mantra, Let The Jam Roll e Art Leak, os elementos das bandas responderam às seguintes perguntas:



1 - Qual a opinião da vossa banda sobre o panorama musical bracarense?

2 - Quais são para vocês as principais bandas do distrito de Braga?

3 - Qual é o próximo objectivo da vossa banda?


sábado, 30 de maio de 2009

"Manchester tem uma atmosfera fantástica"


Os Box Kid são uma banda inglesa que começou há pouco mais de dois anos a actuar nos pu
bs de Manchester. O início da banda e o ambiente musical na cidade que viu crescer bandas como Joy Division e Oasis são temas abordados nesta entrevista. Quais as diferenças com o que actualmente se passa em Portugal?




Som de Fundo: Como é que começaram os Box Kid?

Karmel: Eu estava desesperada e queria mesmo muito encontrar uma banda onde pudesse cantar. Conheci o K através de um grupo de amigos que tínhamos em comum. Depois de seis meses de ensaios e alguns concertos, o K concordou que poderíamos formar uma banda. Juntamos alguns amigos e desta forma formamos os Box Kid.


SF: Então podemos dizer que foi fácil formar a banda?

K: Sim, principalmente porque todos nós gostamos de música e somos todos de Manchester. Para além disso eu e o K já acabamos os estudos, o que facilitou no início.


SF: De que forma avalias o ambiente musical em Manchester?


K: Manchester tem uma atmosfera fantástica em relação à música. O ambiente musical para as jovens bandas é muito rico e variado. Existem oportunidades em todos os cantos, às vezes chego a questionar até que ponto isso é benéfico. A grande quantidade de grupos pode fazer com que os espaços para actuar diminuam.


SF: É fácil para os Box Kid encontrarem um local para actuar?


K: Nunca sentimos essa dificuldade. Praticamente todos os fins-de-semana existe música ao vivo nos pubs. Os responsáveis sabem que podem cativar mais clientes para os seus estabelecimentos. Nós saímos a ganhar com isto porque conseguimos mostrar o nosso trabalho, e sabemos que as editoras, muitas das vezes, têm contacto com os bares.


SF: Como descreves a relação com o público?

K: Manchester é uma cidade que tem três universidades e duas delas estão perto do centro. Isto faz com que seja fácil encontrar pessoas que gostem de música, ainda para mais quando estamos a falar de jovens. Normalmente temos muita gente nos nossos concertos. Mas é claro que isto também se deve ao nosso trabalho, no início eram só os amigos e colegas.


SF: Qual o momento mais engraçado que vocês viveram enquanto banda?

K: Já vivemos momentos mesmo engraçados. Sempre que vamos para estúdio gravar acontece alguma coisa diferente. Posso dizer que uma vez assustei o nosso baixista com uma aranha de plástico, foi muito engraçado!


SF: Que expectativas tens para o futuro da banda?


K: Queremos trabalhar para sermos capazes de tocar em grandes festivais, perante milhares de pessoas, e de preferência em países quentes com muito sol.


SF: O que sabes sobre música portuguesa?

K: Não sei mesmo nada. Mas não é por mal, também pouco sei sobre música britânica.


À conversa com Buddha (Monstro Mau) e António Campos (Art Leak)


Monstro Mau já é um nome conhecido pela maioria dos jovens bracarenses. Art Leak, talvez não, muito devido à sua recente formação. Numa conversa entre um elemento de cada uma destas bandas, ambos concordaram que há pontos fracos, em termos musicais, na cidade de Braga, e pontos fortes. Contaram ainda experiências dos inícios de cada banda, bem como as dificuldades pelas quais uma banda passa até se tornar conhecida.


[NDR: Clique na seta "avançar" para mudar de tema]





Municipio de Braga apoia jovens bandas


Para a formação de uma banda, é importantíssimo o apoio em termos financeiros, familiares e de infra-estruturas. Neste último ponto, a Câmara Municipal de Braga deu uma ajuda a algumas bandas mais conhecidas da cidade, ao criar um espaço, no Estádio 1º de Maio, para as bandas ensaiarem e, se quiserem, gravarem as suas composições. Para além desta ajuda, há outros projectos que a Instituição camarária tem em mente para ajudar a promover a música alternativa da região.




quinta-feira, 28 de maio de 2009

Jovens de Braga falam do fenómeno musical da região


Smix Smox Smux, Montro Mau, Mão Morta ou Mundo Cão são apenas algumas das bandas que preenchem o panorama musical bracarense. Os seus públicos são fundamentais e o destino de todas as composições. Como tal, fomos ouvir, em Braga, as preferências de quatro jovens relativamente às bandas de garagem daquela cidade. Será que todas elas são conhecidas? As opiniões divergem? Os estilos escolhidos são os mesmos?


Avelino Silva - 3º ano de Engenharia Biológica


Letícia de Sousa - 1º ano de Ciências da Comunicação


Tiago Vale - 2º ano de Design Gráfico - IPCA


Vítor Costeira - 3º ano de Sociologia


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Smix Smox Smux na Fnac


Os Smix Smox Smux fizeram o pré-lançamento do primeiro álbum de originais no dia 30 de Abril. A Fnac do BragaPark recebeu o grupo bracarense que nesta reportagem descreve alguns dos pontos principais que os caracterizam.